UM BREVE RESUMO
Japeri é um município jovem – apenas 32 anos – que fica localizado na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense, a 75km da capital. De acordo com o último censo do IBGE (2022)¹, o município tem população estimada em 96.289 pessoas e um PIB per capita de R$ 14.395,69 (quatorze mil trezentos e noventa e cinco reais e sessenta e nove centavos).
A cidade tem fácil acesso à Rodovia Presidente Dutra (BR-116), a Rodovia Rio-Santos e, principalmente, privilegiada pela Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, mais conhecida como “Arco Metropolitano”, onde recentemente foi iniciada a construção de uma cabine da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no perímetro do município. A cidade movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão/ano, de acordo com a Caravela de Dados e Estatística (PIB 2023)².
Dentre as principais receitas, Japeri recebe quase R$ 40 milhões/ano, recursos advindos dos Royalties da Petrobras. Portanto, pode ser considerada uma cidade rica que tem fontes financeiras sólidas, em razão da localização geográfica estratégica que atrai empresários dos setores públicos e privados através das parcerias público-privadas (PPPs), além da forte perspectiva de crescimento com o apoio dos governos estadual e federal.
DO QUE SE TRATA O PROJETO?
Ilustração em 3D: Usina de Energia Limpa do município de Japeri/RJ.
Apesar das grandes possibilidades de crescimento, a cidade de Japeri vive nos dias atuais um caos administrativo, os quais veremos nos capítulos a seguir.
O presente projeto trata das principais alternativas econômicas socioambientais viáveis abordados na AGENDA 2030 das Organizações Unidas (ONU)¹.
O objetivo é tornar o município autossustentável em todos os aspectos através da construção de uma usina que transforma o lixo doméstico em material reciclado, que poderá ser comercializado para diversas cidades no Brasil e no mundo, além de gerar energia elétrica de forma limpa e autossustentável capaz de alimentar cerca de 15 mil residências. Podemos citar aqui a Primeira Usina de Recuperação Energética (URE), que está sendo construída na cidade de Barueri, em São Paulo². Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), mais da metade do lixo produzido no Brasil em grandes centros urbanos poderia gerar energia elétrica para cerca de 100 milhões de pessoas no Brasil.
A construção desta “Usina de Energia Limpa” poderá transformar o município de Japeri em referência de sustentabilidade no Brasil, além de torná-lo competitivo em diversas áreas do comércio, turismo e logística. Com a viabilidade da construção da usina em concomitância ao apoio do Aeroporto de Cargas – que vamos falar mais a frente – a perspectiva é triplicar o Produto Interno Bruto (PIB) de Japeri: Do atual R$ 1,5 bilhão para R$ 4,5 bilhões nos primeiros 5 anos após o estabelecimento em plena atividade. Estamos falando também da geração de cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos no município, somados com a criação do primeiro Centro Logístico de Japeri. Isso representaria um salto econômico gigantesco para a região da Baixada Fluminense, que seria beneficiada com o escoamento de produtos comercializados por meios eletrônicos (sites e aplicativos), como é o caso das empresas Shein, AliExpress, Shopee, Mercado Livre, Amazon, Casas Bahia, Ponto Frio, Carrefour, Lojas Americanas, Magazine Luiza e tantas outras lojas varejistas e atacadistas líderes de vendas no e-commerce brasileiro.
O Centro Logístico de Japeri ajudaria a escoar os produtos recicláveis e também de natureza comercial. Diversas empresas dos ramos atacadista e varejista contariam com o auxílio do Aeroporto de Cargas de Japeri.
Ilustração em 3D: Centro Logístico integrado ao Aeroporto de Cargas de Japeri/RJ, às margens do Arco Metropolitano, próximo à cabine da PRF.
Também vamos falar nas próximas páginas sobre a possibilidade de uma base operacional de reciclagem especializada em descarte de resíduos eletrônicos (pilhas, baterias, monitores, Tvs, placas eletrônicas, celulares, tablets e computadores defeituosos ou estragados), e através da Usina de Energia Limpa poderíamos transformar todo esse material extremamente poluente em novas peças. Para isso, pensando na empregabilidade, há a ideia de construção da primeira Escola Técnica para formar os novos profissionais em logística, no manuseio de maquinários pesados e outras funções, ou seja, os empreendedores terão mão-de-obra qualificada da própria cidade. Nesse caso, os cursos técnicos poderão ser oferecidos de forma gratuita aos cidadãos interessados, financiados através da modalidade de parceria público-privada (PPP) para atender às necessidades das empresas. Os empresários, por outro lado, economizarão em curto prazo como tempo de procura dos profissionais qualificados, o transporte e o deslocamento de seus colaboradores. Dessa forma, além de transformar o lixo residencial em energia limpa, a cidade também poderia produzir, comercializar, exportar produtos manufaturados e eletrônicos recicláveis. A logística estratégica da cidade também poderia atender outros ramos de interesse comercial, o que movimentaria não somente a economia de Japeri, mas também a Baixada Fluminense e toda a região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
Ilustração em 3D: A Escola Técnica de Japeri atenderia às necessidades de qualificação profissional de reciclagem especializada no descarte de produtos eletrônicos e também ofereceria cursos técnicos e complementares voltados para a logística e operacional das empresas do Centro Logístico de Japeri.
Todo o projeto consiste, primeiramente, na mudança do cenário atual do município, pois é necessário que haja criação de uma política pública municipal de incentivo ao empreendedorismo sustentável com parceria público-privada (PPP) voltado ao desenvolvimento social e econômico.
O CENÁRIO ATUAL DE JAPERI
Os grandes veículos de comunicação têm mostrado um panorama grave nas diversas áreas como na saúde, educação, assistência social, o alto índice de vulnerabilidade socioeconômica da população, a segurança pública deficitária, além dos escândalos causados pelas contratações de empresas suspeitas, indícios de fraudes nas licitações, denúncias de desvio do dinheiro público, dentre outros casos de corrupção que abrange as áreas de responsabilidade da administração pública municipal.
O cenário geral de Japeri perante aos problemas de gestão é alarmante.
Diversos veículos de comunicação denunciaram nos últimos anos a real situação da gestão da atual Prefeita Fernanda Ontiveros (PT).
A negligência, a falta de empatia e o descompromisso com a população têm marcado profundamente a atual administração municipal.
RENDA
De acordo com o último censo¹, a ocupação profissional no município de Japeri conta com 8.971 empregos formais, representando apenas 8,6% da população trabalhando dentro do próprio município, com renda per capita de R$ 14.365,89 (quatorze mil trezentos e sessenta e cinco reais e oitenta e nove centavos) e média de 2,2 salários mínimos/mês. O PIB de Japeri é de R$ 1,5 Bilhão (IBGE 2021).
Um cenário que contrasta com a cidade vizinha, Seropédica², que cresceu de maneira surpreendente depois que passou a abrigar grandes empresas e indústrias, apesar do índice populacional ser menor que Japeri: 80.596 pessoas (IBGE 2022) a renda per capita é de R$ 59.977,34 (cinquenta e nove mil novecentos e setenta e sete reais e trinta e quatro centavos), que corresponde uma média de 3,8 salários mínimos/mês. Em razão das empresas atuantes no município, o PIB de Seropédica é quase 4 vezes o de Japeri: R$ 4,7 Bilhões (IBGE 2021).
ECONOMIA
De acordo com a última lei orçamentária anual (LOA 2023), Japeri hoje tem um orçamento total de R$ 398.484.780,01 (trezentos e noventa e oito milhões quatrocentos e oitenta e quatro mil setecentos reais e um centavo) autorizado para aplicar no ano de 2024.
O município tem regredido muito nos últimos anos: não tem uma agência bancária, e inclusive um dos maiores centros urbanos, o distrito de Engenheiro Pedreira, com quase 70 mil habitantes sofre com a falta do banco Itaú que fechou recentemente. Sem bancos e sem loterias, a população sofre, principalmente os idosos, pensionistas e os beneficiários de amparo social.
O comércio local tem fechado as portas e a maioria da população está desempregada. Buscam meios alternativos para sobreviver com a informalidade de profissões, como os mototaxistas e pequenos comerciantes.
A cidade está marcada por uma bandeira enganosa oriunda da promessa política, devido a falta de experiência, planejamento e principalmente, da falta de palavra para com os munícipes, que foram ludibriados com falsos argumentos desenvolvimentistas, a título de exemplo, a construção da primeira maternidade municipal, que não foi cumprido até o presente momento.
Devemos levar em consideração que além do descompromisso anterior, o orçamento milionário para 2024 não prevê nenhuma iniciativa ou comprometimento com a sustentabilidade e o desenvolvimento na área ambiental. Todo esse montante financeiro tem sido gasto com contratos milionários sem qualquer planejamento.
Veremos a seguir que Japeri tem um dos maiores recursos hídricos do Estado do Rio de Janeiro, banhado por diversas cachoeiras e rios de água potável.
MEIO-AMBIENTE
O Rio Guandu abastece a maior parte de toda região metropolitana e capital do Rio de Janeiro. Quando corta a cidade de Japeri, recebe dejetos, esgotos e demais tipos de poluição, sem qualquer tipo de tratamento.
Japeri tem uma fauna e flora rica que está a cada dia sendo invadida com um lixão ao lado do campo do Golfe. Ali eram descartados todos os tipos de lixo na cidade. Até hoje, nenhum projeto ambiental foi criado com o intuito de recuperar a fauna, a flora e os recursos hídricos na cidade. Mesmo assim com recursos hídricos em abundância, falta água na cidade.
OBRAS
Recentemente, tivemos a execução do programa Japeri Mais¹, que levaria asfalto e saneamento básico a 26 bairros do município de Japeri.
O investimento foi de R$ 100 milhões de reais, dinheiro advindo da venda da CEDAE e Royalties da Petrobras. Na prática, o valor foi mal investido, ao encontrarmos bairros que estariam com 10 ruas asfaltadas em um montante de R$ 10 milhões, isso no programa original. Porém, na prática, ficou somente 1 rua asfaltada por R$ 10 milhões. Sem falar nas ruas mal acabadas, ruas estreitas, sem acessibilidade, esses e muitos outros fatores foram falhas na execução do programa, tendo assim, um empreendimento de R$ 100 milhões jogado no lixo, já que a população dos bairros não recebeu o serviço.
O que trazemos como proposta para a drenagem e pavimentação, é atrair para Japeri uma empresa público-privada uma USINA DE ASFALTO ECOLÓGICO, como é utilizado pela Prefeitura de São José dos Campos (SP)², e teria como matéria-prima o próprio material reciclado na cidade (pneus) pois a demanda existe em Japeri.
A cidade deixaria de gastar R$ 21 milhões em contratos para investir esse valor e atrair investidores, podendo dessa forma, vender asfalto para outros municípios também, trazendo emprego para Japeri, o desenvolvimento e a preservação ambiental.
Hoje, devemos ressaltar que a Secretaria de Obras detém um orçamento milionário, com quase R$ 50 milhões, dinheiro esse que não chega ao contribuinte. Esse valor fica alocado com empresários e contratos milionários, que na prática não temos visto em execução.
SAÚDE
No ano de 2024, a Secretaria de Saúde de Japeri tem um orçamento previsto de quase R$ 100 milhões que ainda prevê créditos suplementares, o que supera e muito esse valor.
No diário oficial de no portal da transparência de Japeri¹ é possível encontrar contratos da vigilância sanitária, de medicamentos, de veículos alugados e insumos em geral, todos com valores muito altos, na casa dos milhões de reais. Na prática, o que mais temos visto são reportagens da grande imprensa que mostram a dura realidade da saúde de Japeri. Os relatórios dos profissionais da saúde pública também apontam problemas graves na gestão do município:
Segundo o último relatório do CREMERJ² feito em 2022, o Hospital Municipal de Japeri (antiga Policlínica Itália Franco), opera de forma precária com apenas 16 leitos. Dados do Ministério da Saúde mostram que, apesar da Prefeita Fernanda Ontiveros (PT) ser médica, Japeri tem a pior infraestrutura em saúde da Baixada Fluminense³. Na visita realizada pelo Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, foram constatadas “deficiências relacionadas ao corpo clínico e infraestrutura”.
O encerramento imediato dos contratos milionários na entrega de exames e medicamentos, para incentivar a produção de insumos farmacêuticos em solo japeriense é uma das propostas viáveis para a Saúde de Japeri.
O Governo Federal tem feito esforços para depender menos das importações das matérias-primas¹ para priorizar a fabricação de medicamentos no país, vacinas e insumos hospitalares. Por isso, trazer essa indústria farmacêutica para Japeri seria uma oportunidade ímpar de crescimento.
Com o recurso que está sendo gasto sem critérios hoje em Japeri, atrairíamos o ramo farmacêutico, que hoje é uma das maiores demandas do Brasil. Com os lucros da produção em massa desses materiais, teríamos chances reais de reinvestir os valores para tornar realidade a construção da primeira maternidade municipal, estabelecer o anexo do centro cirúrgico, implantar o centro de imagem e o centro inteligente de distribuição de medicamentos.
Com Japeri na indústria farmacêutica, o município atrairia muitos investimentos, além de exportar para outras cidades e países, conforme o plano nacional de exportação.
É importante salientar que as indústrias se estabeleçam no município, teriam em sua base o compromisso socioambiental e autossustentável da Agenda 2030 da ONU², pois a meta principal é produzir com consciência limpa, sempre preservando a natureza e reduzindo o impacto ambiental.
EDUCAÇÃO
É a pasta que gera o maior orçamento do município, com quase R$ 133 milhões. Trata-se de uma verdadeira fortuna mal-empregada, sem planejamento.
A atual gestão faz movimentações a todo momento na verba da educação, sem qualquer comprometimento com as nossas crianças e educadores, como circula nos diversos canais de comunicação.
Esses e outros problemas educacionais marcam a gestão da Prefeita Fernanda Ontiveros (PT), pois retratam a realidade da educação de Japeri.
Como proposta para a Educação, utilizaríamos grande parte do orçamento para trabalhar juntamente e trazer empresas fabricantes de KITS ESCOLARES RECICLADOS¹ semelhantes aos que serão distribuídos na rede municipal da cidade de São Paulo, além de implantar a MOEDA VERDE EDUCATIVA², projeto educativo que desperta a consciência autossustentável e empreendedora nos alunos dos primeiros anos do ensino fundamental, como acontece no município de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul² desde 2019.
As indústrias nesse perfil terão demanda em todo Estado do RJ, e assim sobrará dinheiro para dar merenda de qualidade, valorizar os profissionais da educação e desenvolver de fato a consciência limpa, estimular o empreendedorismo e fazer de nossa cidade referência nacional em gestão, desenvolvimento e sustentabilidade e, principalmente, evoluir o quadro educacional de Japeri.
A IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE
Quando falamos de sustentabilidade, falamos sobre dois subtipos:
sustentabilidade econômica: é um conjunto de práticas econômicas, financeiras e administrativas que visam o desenvolvimento econômico de um país ou empresa, preservando o meio ambiente e garantindo a manutenção dos recursos naturais para as futuras gerações.”
sustentabilidade ambiental: diz respeito ao manejo responsável dos recursos naturais, respeitando os limites do meio ambiente. Inclui a proteção da fauna, flora, corpos d'água e do ar, buscando a regeneração do ecossistema.
Resumidamente, quando o gestor preza pela sustentabilidade, ele busca o equilíbrio dos recursos naturais disponíveis e explora de maneira consciente. Ou seja, visa a equilibrar a preservação do meio ambiente e o que ele tem a oferecer em consonância com a qualidade de vida da população.
AGENDA ONU 2030
É um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade, elaborado e aprovado na Sede da Organização das Nações Unidas¹, na cidade de Nova Iorque em setembro de 2015. São 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas, dentre as quais simpatizamos com os objetivos nº 7 (energia acessível e limpa), nº 8 (emprego digno e crescimento econômico), nº 9 (indústria, inovação e infraestrutura), nº 11 (cidades e comunidades sustentáveis) e nº 12 (consumo e produção responsáveis). Existem outros objetivos de desenvolvimento sustentável que são abordados pela agenda, como mostra a imagem abaixo.
UM MODELO DE GESTÃO INOVADOR
Poucas cidades no Brasil conseguem desenvolver e manter um modelo de gestão transformador baseado na sustentabilidade social e ambiental. Ao mesmo tempo, compromissado com a Agenda 2030 da ONU para fomentar o desenvolvimento local, ao investir em novas tecnologias, atrair indústrias, criar um plano logístico multinacional e combinar tudo isso com a geração de emprego, renda e qualidade de vida. Essa é a nossa proposta.
REFERÊNCIAS NO EXTERIOR
Na Ásia e na Europa essa modalidade de negócio autossustentável existe há pelo menos 5 décadas. Podemos citar o Japão e a Alemanha como verdadeiros pioneiros no desenvolvimento de tecnologias renováveis. O conceito chamado de Waste to Energy¹ (Do lixo para energia, na tradução literal), que consiste que a coleta seletiva ocorra desde a casa do cidadão até o centro industrial de tratamento que converte os produtos reciclados em diversos tipos de energia, como biocombustível, biogás e em eletricidade. Em alguns casos, itens reciclados são reaproveitados para dar vida a outros produtos, como é o exemplo do material escolar ecológico. Uma cultura que se preocupa com o futuro do meio ambiente desde o século passado.
REFERÊNCIAS NO BRASIL
Transformar o lixo comum residencial em energia elétrica no Brasil ainda é um desafio, visto a grande quantidade que é produzida todos os dias e o problema do pouco incentivo ou falta de interesse da iniciativa pública e privada. Porém, esse é um pensamento que vem mudando com o passar dos anos, talvez por influência de países como o Japão e Alemanha, que já têm essa modalidade de negócio. Recentemente, alguns empresários da área estão investindo pesado nas formas de reutilização do lixo. No Brasil, podemos citar a empresa Orizon², que transforma lixo em energia e matéria-prima renovável. Atualmente, a empresa possui 15 “EcoParques” espalhados pelo Brasil, sendo 4 deles no Estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Barra Mansa, São Gonçalo, Itaboraí e na nossa cidade vizinha, Nova Iguaçu.
POR QUE JAPERI?
Como foi dito anteriormente, Japeri tem um forte potencial de se desenvolver economicamente em razão da facilidade de logística para o escoamento de produtos, além da possibilidade de atrair a indústria de reciclagem, a transformação do lixo em energia limpa, a produção de insumos farmacêuticos e de produtos recicláveis/biodegradáveis. Com apoio do Centro Logístico e do Aeroporto de Cargas, que terá ao lado uma unidade da PRF (Polícia Rodoviária Federal)¹ que já está sendo construída.
Tudo isso é possível por causa da proximidade com a Rodovia Presidente Dutra (BR-116), Rodovia Rio-Santos e a Rodovia Raphael de Almeida Magalhães (Arco Metropolitano), que juntos formam uma grande promessa do transporte rodoviário na baixada fluminense.
NECESSIDADE E INCENTIVO
Atualmente, há uma demanda significativa no cenário nacional e na Baixada Fluminense, segundo aponta o relatório da Firjan¹ (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) divulgado no estudo de Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio de Janeiro. Nova Iguaçu, Japeri e Região enviaram para aterro 260,6 mil toneladas de resíduos que poderiam seguir para a reciclagem, o equivalente a R$ 114,5 milhões em materiais.
A partir dessa informação, percebemos a necessidade real de um tratamento adequado para os resíduos produzidos nas residências. Japeri ocupa a posição nº 4.434 no ranking do Índice de Desenvolvimento das Cidades Sustentáveis (IDCS-BR)², o que significa que a situação do município perante as demais cidades do Brasil é considerado alarmante no tratamento do meio-ambiente.
Existem fundos como o FUNBIO-FDS³ (fundo das cidades sustentáveis), que incentiva projetos como esse para ajudar os municípios brasileiros a tornar-se autossustentável.
COMO SERÁ FEITO?
Através das PPPs (parcerias público-privadas) e das empresas público-privadas, que consistem em pessoas jurídicas da iniciativa privada, extrínsecas, portanto, à Administração Pública (mesmo a indireta), nas quais o Estado compõe o quadro societário de modo não majoritário.
Os principais benefícios da parceria público-privada são:
melhor custo-benefício para os cofres públicos;
agilidade e eficiência no início da prestação de serviços;
tender a demandas amplas e específicas da população;
contar com capital privado para fortalecimento da gestão pública;
PERSPECTIVA PARA OS PRINCIPAIS SETORES
Com o fim dos contratos milionários, citamos alguns exemplos de contratos que poderão ser utilizados para a parceria das chamadas PPPs (parcerias público-privadas). Vejamos alguns exemplos de contratos que poderão ser utilizados para essa finalidade:
FONTE | INVESTIMENTO (R$) |
Contrato do lixo | R$ 17.811.456,84 |
Consórcio Centro Sul I | R$ 1.627.838,29 |
Kit Escolar | R$ 9.900.000,00 |
Insumos da Saúde | R$ 4.600.000,00 |
Drenagens e pavimentação (Programa Japeri Mais) | R$ 100.000.000,00 |
Iluminação Pública | R$ 5.648.875,17 |
Outros contratos (LOA 2024) | R$ 398.484.780,01 |
Outros Contratos disponíveis no Portal da Transparência de Japeri |
EMPREGABILIDADE
Segundo o IBGE (2021), Japeri tem apenas um pouco mais de 8 mil empregos formais e tem como seu maior empregador a própria Prefeitura. Com essa iniciativa de parceria Público-privada, o projeto traz como meta gerar mais de 30 mil empregos em diversas áreas dos setores comercial e industrial ainda não explorado no município, conforme demonstra a atração de empresas locais, devido toda logística apresentada no panorama geral do projeto.
ESCOLA TÉCNICA
Essa proposta oferece todos os cursos com o perfil das indústrias locais, capacitando tecnicamente a população local, para que estejam aptos a trabalhar nas empresas. Serão cursos técnicos de curta duração de meio período para acelerar o plano de desenvolvimento da cidade.
AEROPORTO DE CARGAS
Para o ramo industrial, temos a proposta real da concessão da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) do espaço que poderá ser cedido pela Prefeitura, e dessa forma, viabilizará a construção do aeroporto de cargas com parceria da iniciativa. Isso fará com que o transporte de carga seja feito para outras cidades do Rio de Janeiro e do Brasil. É de interesse das indústrias locais e dos grandes comerciantes internacionais, como as plataformas que mais vendem atualmente na internet.
CONCLUSÃO
O nosso objetivo é deixar de gastar milhões de reais com contratos, como o de coleta de lixo, sem haver qualquer tipo de tratamento. Como solução, vamos trabalhar com a reciclagem desses poluentes do meio-ambiente e transformá-los em recursos financeiros a serem aplicados através da Parceria Público-Privada (PPP) e assim gerar sustentabilidade através do meio-ambiente, dando assim ao município emprego e renda, tudo no meio ecológico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ideia final desse projeto será a PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, O DESENVOLVIMENTO, A GERAÇÃO DE EMPREGO NA CIDADE E O FIM DA CORRUPÇÃO DA CABIDE DE EMPREGOS DO SETOR PÚBLICO.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IBGE: Panorama de Japeri/RJ. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/japeri/panorama> Acesso em: 20 nov. 2023
Firjan. Manuais e Cartilhas: Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis Pós-consumo no Estado do Rio de Janeiro 2023 – ano base 2021. Disponível em: <https://www.firjan.com.br/publicacoes/manuais-e-cartilhas/mapeamento-dos-fluxos-de-reciclaveis-pos-consumo-no-estado-do-rio-de-janeiro.htm
/> Acesso em: 23 nov. 2023.
Prefeitura de Japeri. Prefeita de Japeri assume a presidência do Consórcio Centro Sul I. Disponível em: <https://www.japeri.rj.gov.br/2023/08/01/prefeita-de-japeri-assume-a-presidencia-do-consorcio-centro-sul-i/> Acesso em: 20 nov. 2023.
NETZERO. Como um modelo inédito na América Latina de usina de lixo pode dar fim aos lixões e gerar energia através da queima de resíduos. Disponível em: <https://netzero.projetodraft.com/como-um-modelo-inedito-de-usina-de-lixo-na-america-latina-pode-gerar-energia/> Acesso em: 20 de nov. 2023.
ORIZON. Energia Renovável. Disponível em: <https://orizonvr.com.br/energia-renovavel/> Acesso em: 23 nov. 2023.
G1 Rio de Janeiro. Lixo do Rio em Seropédica divide Opiniões. Disponível em: <https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-mais-limpo/noticia/2012/04/lixo-do-rio-em-seropedica-divide-opinioes.html > Acesso em: 25 nov. 2023.
G1 Rio de Janeiro. Lixão de Japeri no RJ será fechado a partir desta quinta-feira. Disponível em: <https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/07/lixao-de-japeri-no-rj-sera-fechado-partir-desta-quinta-feira.html> Acesso em 25 nov. 2023.
Jornal Extra. Potencial desperdiçado: Baixada Fluminense enterra R$ 310 milhões em recicláveis, segundo estudo da Firjan. Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/rio/potencial-desperdicado-baixada-fluminense-enterra-r310-milhoes-em-reciclaveis-segundo-estudo-da-firjan-25511126.html> Acesso em 25 nov. 2023.
YOUTUBE. Lixo valorizado: como a Orizon transformou o tratamento de resíduos no Brasil - ORVR3. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ikUg32n2Wy0
Acesso em 25 nov. 2023.
YOUTUBE. Orizon Ambiental. Disponível em: <https://youtu.be/yLG5xwE3akM?si=V6RgFAyoShgNb9ct > Acesso em 25 nov. 2023.
YOUTUBE. Você sabia que o lixo que você gera pode virar energia? Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OtNPfoZwiSk> Acesso em 26 nov. 2023.
YOUTUBE. Usina pode aproveitar o lixo pra gerar energia. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VRD6xiszorM> Acesso em 26 nov. 2023. Baixe agora a revista do Japeri Mais Verde:
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